• ESCREVA SOBRE IMAGEM 1

  • ESCREVA SOBRE IMAGEM 2

  • ESCREVA SOBRE IMAGEM 3

  • ESCREVA SOBRE IMAGEM 4

  • ESCREVA SOBRE IMAGEM 5

  • ESCREVA SOBRE IMAGEM 6

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

METADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Composição: Oswaldo Montenegro

1 comentários:

Leiliane Fontenele disse...

Silêncio, Saudade, calo, Vulcão, platéia, canção.

Ah Vaninha, essa poesia sempre calou meu coração que sempre vive aos gritos, mas quando o Oswaldo falava. Meu coração e mente,calam-se em respeito a poesia.
O Silêncio, que em mim, sempre demosntra desistencia, quando eu simplesmntente reconheço que não posso mais mudar me calo e saiu a fim de deixar o mundo seguir seu curso. Mesmo que me enchenco de SAUDADE sigo minha vida meu rumo, meu caminho, meu destino e faço que minha sorte mude e que a felicidade quardada se manifeste. E depois de um tempo, posso ver os CALOS que se formaram no pecorrer do caminho e que me fazer forte. Mas, nunca deixo de ser Vulcão, pois essa sou eu. Forte e decida, as vezes me faço plateia e em outros momentos me faço vulcão.

Postar um comentário

 

Sobre Copyright © 2010 Blogger Templates